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Scot Consultoria

Boi procurando um piso e milho um teto...


Sexta-feira, 20 de julho de 2012 - 08h48

A situação que descrevemos neste espaço na semana passada ainda permanece no mercado. Na verdade, a conta para os confinadores piorou ainda mais com a queda do mercado futuro de boi e a alta no mercado futuro de milho, que, aliás, atingiu seu maior valor nominal na história na bolsa de Chicago nesta manhã (19/7).


Com relação ao milho a situação climática dos Estados Unidos só tem piorado e o recorde de calor nas regiões produtoras, aliado à ausência de chuvas impede, um diagnóstico mais preciso das perdas americanas.


As projeções atuais trabalham com até 25% de quebra na safra americana, com impactos adversos em todo o comércio global do grão. Na soja, que é outro item balizador de preço para a proteína das dietas em confinamento, a situação também é preocupante, com recordes de alta na bolsa de Chicago e relação de estoques/consumo também muito apertadas.


A situação atual se mantém extremamente favorável aos produtores de grãos, mas desoladora para quem produz proteína animal, com os produtores de frango e suínos obviamente em situação mais delicada e enfrentando altas recordes em seus custos de produção, mesmo com uma safrinha de milho também recorde.


Do lado do boi a situação no curto prazo permanece baixista, com um acúmulo de boiadas de confinamento e de pasto sendo ofertados no mercado, além da entrega de lotes comprados a termo pelos frigoríficos. Nessas condições as escalas estão bastante confortáveis e dão força para a pressão baixista que se impõe atualmente, com os preços na mínima do ano em todo o Brasil.


Atualmente o grande teste será conseguir forçar preços abaixo de níveis importantes como os R$90,00/@, em São Paulo, R$85,00/@ no Mato Grosso do Sul e R$80,00/@ em Goiás (todos à vista).


Por enquanto, o mercado futuro ainda não conta com essa possibilidade, já que nem mesmo o contrato de julho é cotado abaixo desse patamar. Caso estejamos realmente na mínima do ano, como o mercado futuro precifica, será que o diferencial de preços dos contratos de outubro e novembro para a mínima do ano são adequados?  


O contrato de out/12 tem apresentado uma enorme resistência abaixo dos R$ 94,00/@, mas com o físico ainda pressionado, ele segue com pouco apetite para recuperar preços mais perto dos R$100,00/@. O ditado diz que o primeiro passo para subir é parar de cair, a oferta de bois no curto prazo obviamente vai ter um papel importantíssimo na sinalização de quando (e se) essa virada acontecerá.




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