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Scot Consultoria

Mercado em alta!


Sexta-feira, 28 de outubro de 2011 - 12h20

O marasmo do mercado físico foi quebrado de acordo com o que a maioria esperava, ou seja, com preços em alta. Apesar dessa alta ter sido de apenas R$1,63/@ na semana, com o Índice ESALQ à vista subindo de R$99,41/@ em 20/10 para os atuais R$101,04/@, foi uma boa movimentação para um mercado que estava há mais de 20 dias totalmente de lado. O mercado futuro, mesmo já havendo precificado essa alta nos contratos de nov/11 e dez/11, acompanhou o movimento, com out/11 fazendo máxima a R$101,40/@, nov/11 a R$104,99/@ e dez/11 a R$104,95/@. A divulgação das posições dos participantes, que ocorre todas as sextas-feiras pela BVM&F, trouxe uma enorme mudança na posição de um participante muito importante no mercado futuro, que é Pessoa Jurídica Não Financeira, categoria na qual enquadram-se os frigoríficos. Esse participante passou a deter após o pregão de 20/10 uma posição líquida comprada de 724 lotes no mercado futuro de boi, conforme pode ser observado na tabela 1. Mais interessante que a posição em si, foi a enorme variação dentro da semana, com esse participante aumentando 2.850 lotes na compra e apenas 488 na venda. Em uma semana com tão pouca liquidez diária como a passada, essa mudança acaba sendo ainda mais representativa. Como a maioria das indústrias frigoríficas que compram animais a termo fazem o hedge dessa posição vendendo contratos no mercado futuro, normalmente esse tipo de participante apresenta posição líquida vendida. A última vez que esse participante teve posição líquida comprada foi em 18/2/2010. É óbvio que a posição de Pessoa Jurídica Não Financeira não é toda de frigoríficos, porém, a representatividade das indústrias nessa categoria é bastante grande, por isso é possível inferir que houve uma mudança importante nas últimas semanas. É claro também que não necessariamente toda a compra de boi a termo implique em uma venda no mercado futuro desse participante, porém, a posição líquida comprada é um indicativo de que, possivelmente, o estoque de animais comprados a termo para abate em novembro e dezembro não seja muito grande. Resta saber se uma possível alta do mercado físico será capaz de alcançar e/ou superar a precificação atual dos contratos de nov/11 e dez/11, que embutem gordos prêmios em relação ao mercado físico atual. Como a volatilidade tem caído bastante e com ela o preços das opções de venda, uma boa estratégia pode ser apostar na alta, porém, já com um preço mínimo garantido via compra de opções de venda para novembro e dezembro.
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