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Scot Consultoria

Testando as mínimas!


Quinta-feira, 15 de setembro de 2011 - 19h07

A saída concentrada de animais confinados em São Paulo e Goiás, principalmente, tem tirado a sustentação de preços no mercado físico, proporcionando assim a possibilidade de recuos nos preços do boi gordo ao longo da última semana. Em São Paulo o Indicador à vista recuou R$1,12/@, de R$99,40/@ para os atuais R$98,28/@ (R$96,02/@, livre). O mercado futuro acompanhou a tendência, com uma amplitude de movimento maior, e o contrato de setembro que, na terça feira dia 13/9 passou cotado em R$100,50/@, com um ágio de mais de 1 real para o indicador, inverteu a tendência e caiu 2 reais, estando cotado atualmente ao redor de R$98,50/@, praticamente o mesmo valor do Índice ESALQ à vista atual. A queda do contrato de outubro acompanhou o setembro, recuando praticamente 2 reais do ajuste do dia 13/9, de R$102,33/@ para os atuais R$100,40/@. A mínima recente do contrato de out/11 foi no dia 21/6 a R$99,61/@, e no movimento de queda atual a mínima chegou a R$99,99/@, e até o meio dia do pregão de 15/9 ainda não havia sido rompida. O Índice de Força Relativa (IFR) está atualmente em 33, bastante próximo, portanto, de estar sobrevendido, e em todas as ocasiões em que o IFR desse contrato ficou abaixo de 30, o IFR foi um bom sinalizador de uma reversão, mesmo que de curta duração. É interessante notar que mesmo com a pressão de baixa sendo no curto prazo, o spread de set/11 e out/11 permaneceu relativamente estável e ao redor de R$2,00/@, porém, os spreads out x nov e out x dez tiveram mudanças muito significativas, saindo de –R$0,50 e –R$1,00 para +R$1,50 e +R$1,25, evidenciando a crença do mercado de que toda essa pressão de baixa tende a diminuir até o final do ano. Outro fato interessante foi o estreitamento dos diferenciais de base, sobretudo com o MS, que oscilou ao redor de R$5,00/@ durante o ano e atualmente está próximo de R$ 3,00/@, inclusive com a praça de Três Lagoas, que é a mais próxima de São Paulo, estando 1 real abaixo de Dourados e Campo Grande, numa situação bastante atípica e que também foi causada pela saída concentrada dos animais confinados. A boa notícia para a indústria frigorífica foi a alta do dólar que, somada à queda do boi gordo, fez o índice ESALQ em dólares cair de US$66,00/@ do início de agosto para os atuais US$57,00/@, representando uma queda de 14% em 30 dias, o que deve refletir positivamente nas exportações, que tiveram desempenhos péssimos nos meses de julho e agosto. De todo modo, enquanto a pressão baixista causada pela saída dos confinamentos e escalas longas persistir, fica difícil traçar uma reversão de tendência no curto prazo, porém, dificilmente a pressão dos confinados consegue se sustentar por períodos mais prolongados e, quando ela passar, a oferta de animais de pasto não parece ser suficiente para manter as cotações pressionadas como atualmente.
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