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Scot Consultoria

Buscando o equilíbrio


Quinta-feira, 9 de junho de 2011 - 16h09

O mercado físico continua buscando o seu equilíbrio de curto prazo, em uma situação bastante incomoda para as indústrias, que de um lado não encontram demanda suficiente para aumentar o apetite por boi gordo, e do outro encontram uma oferta significativamente restrita, impedindo que as tentativas de quedas mais sustentadas de preços ganhem corpo. Este mercado “brigado” onde nenhuma das pontas cede está sendo refletido nas oscilações do Índice ESALQ, que desde que deu sua mínima no ano a R$97,75/@ no dia 6/6, caindo R$0,25/@ em relação à sexta dia 3/6, para já no dia seguinte subir R$0,65/@ a R$98,40/@, e depois voltar a cair R$0,25 nos atuais R$98,15/@, ou, o equivalente a R$95,89/@, à vista, livre de imposto, no mercado físico de São Paulo. Este comportamento tão errático do Índice ESALQ à vista, sem um direcional mais definido não é comum no mercado de boi gordo, e tem como efeito colateral um significativo aumento da volatilidade no mercado futuro de boi gordo, como mostramos nesse espaço na semana passada. A situação do mercado futuro e especificamente do contrato de out/11 é exatamente igual a da semana passada, sem força para romper definitivamente a mínima de R$101,00/@, aliás, conforme chamávamos a atenção no texto da semana passada, novamente o mercado falou em romper o piso de R$101,00/@, completando a sétima tentativa fracassada. Após isso subiu forte, fazendo máxima a R$102,79/@ no dia 8/6, para depois novamente perder a força ao meio dia no pregão de 9/6, ao redor de R$101,60/@, com queda de R$0,63/@. As notícias do mercado físico são de que as tentativas de recuo de preços abaixo de R$95,00/@, à vista, livre de funrural, em São Paulo e R$90,00/@, nas mesmas condições no Mato Grosso do Sul não encontram ofertas, o que vai cada vez mais aumentando a importância destes pisos para este final de safra. Após uma safra tão firme até agora, com a média do indicador à vista desde o início do ano a R$103,14/@ (R$100,77/@, à vista, livre funrural), com mínima a R$97,75/@ (R$95,50/@ nas mesmas condições) e máxima a R$106,35/@ (R$103,90/@), fica fácil compreender a resistência para venda nos patamares atuais. Com o caminhar da safra e o enfraquecimento dos preços, é cada vez maior o número de pessoas que questionam a possibilidade de altas para a entressafra. Resta saber se este é um caso típico do “mercado fazendo as opiniões”, com a maioria virando baixista justamente nas mínimas, ou se realmente teremos uma equação de oferta x demanda tão mais folgada que no início do ano a ponto de termos pela primeira vez na história um ano com preços de safra e entressafra invertidos como nos indica a precificação do mercado futuro atual.
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