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Chegou a safra?


Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 16h58

O mercado futuro vinha operando em alta praticamente ininterrupta desde a mínima recente do contrato de maio, a R$98,60/@ no dia 29/3. No final da semana passada essa alta se intensificou, com as expectativas de que o consumo maior de carne devido ao início do mês e o dia das mães, associado à pouca oferta de animais disponíveis iria forçar reajustes nas cotações. Nessa expectativa, no pregão de véspera de feriado os contratos de abril e maio registraram suas máximas a R$105,10/@ e R$103,70/@, respectivamente. Porém, no início desta semana as escalas tiveram ligeira melhora e a alta dos preços do atacado não aconteceu na intensidade que o mercado esperava. Esse ligeiro aumento de oferta de bois, ainda que restrito a apenas algumas regiões, aliado à queda de R$0,36/@ do índice ESALQ à vista do dia 26/4, foi o gatilho para um forte movimento de baixa nos contratos futuros, com maio e out caindo na mínima recente, a R$100,56/@ e R$105,20/@ hoje (28/4) pela manhã. A pressão de baixa acabou perdendo a força e já ao meio dia o mercado operava com ligeira alta, de R$0,20/@, no maio, a R$101,40/@, com outubro inalterado a R$106,10/@. Interessante notar que nesse movimento todo de baixa no pregão de 28/4 o contrato de maio “devolveu” 50% da alta acumulada durante todo o mês de abril e foi exatamente nesse nível que encontrou um importante suporte técnico, que acabou segurando quedas mais fortes. No pregão de 25/4 também houve uma intensa movimentação no spread maio x out, com bons volumes sendo negociados a 4,40, depois a 4,60 e acabou ajustando a 4,90 que, se ainda é bem longe da média histórica, já é uma correção significativa da mínima, 3,70. De qualquer forma, a movimentação do mercado futuro nesse final de abril se assemelha muito à do final de março, com fortes quedas, que posteriormente não foram “referendadas” pelo indicador à vista. No final de março, o contrato de abril chegou a ser negociado na mínima a R$101,00/@, contra um indicador ESALQ na época a R$104,60/@. Atualmente temos um indicador a R$104,32/@ e maio fazendo mínima a R$100,56/@, a mesma expectativa de baixa de quase 4 reais que era esperada nos meses anteriores e que não se concretizou. É fato que o frio e a seca chegando não permitem mais a retenção prolongada dos animais prontos, porém, movimentos exagerados de queda acabaram ocorrendo apenas na bolsa no passado recente, sem o mercado físico acompanhar. Vamos ver como será desta vez...
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