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Scot Consultoria

Desta vez será diferente?


Quinta-feira, 31 de março de 2011 - 14h57

Com a demanda de carne ainda sendo um fator importante que impede valorizações nos preços do boi gordo em São Paulo e uma ligeira melhor oferta nos últimos dias, o mercado acusou a pressão e houve recuos nas praças paulistas. O Índice ESALQ à vista apresentou uma volatilidade, sem conexão direta com o físico, subindo R$0,56/@ no dia 24/3, em R$106,35/@ para, no dia seguinte, cair R$1,83/@, para R$104,52/@, sendo este o primeiro dia que compunha a média de liquidação do contrato de mar/11. Toda essa volatilidade deixou o mercado futuro bastante agitado e o contrato de mar/11 fez um verdadeiro “zigue e zague”, com alta num dia e queda no seguinte, numa situação bastante atípica para um contrato já na média de liquidação. O mercado tem tido tantas dificuldades para antecipar os movimentos do Índice ESALQ à vista, que vêm ocorrendo situações bastante atípicas, como o ajuste de mar/11 do dia 30/3, a R$104,37/@. Fazendo os cálculos, utilizando os valores dos índice nos 3 dias anteriores, que já compunham a média, esse ajuste precificava uma queda de R$0,60/@ por dia, nos dois dias seguintes que faltavam para compor a média. Como o índice do dia 30 caiu “apenas” R$0,14/@, o contrato de março está subindo R$0,25/@ a R$104,62/@, ao meio dia do dia 31, numa oscilação totalmente atípica para um contrato que já tinha 4 dias de média impactando sua precificação. De qualquer forma a pressão por baixa no mercado físico vem aumentando e o patamar de R$100,00/@, à vista, em São Paulo vem sendo novamente testado. O mercado futuro novamente se antecipou e já precifica essa barreira como rompida, com o contrato de abril se ajustando a R$101,00/@, equivalente a R$98,67/@, livre, à vista. Uma queda de praticamente 4 reais dos patamares atuais. Esse enorme deságio praticado no mercado não é nenhuma novidade, já que desde dezembro, os deságios praticados pelo mercado futuro no início do mês vêm sendo enormes, conforme a tabela 1. Essa pressão também é sentida para os contratos da entressafra, que está precificada inteira abaixo dos patamares observados durante a safra. O contrato de out/11 chegou a ser negociado, em sua mínima recente, a R$102,80/@, praticamente 2 reais abaixo do ESALQ atual. Enfim, o mercado futuro se mantém extremamente pessimista com a evolução dos preços do mercado físico. Até agora todo esse pessimismo foi totalmente infundado e errado, sendo corrigido ao longo de cada mês, por isso voltamos à pergunta título do texto: Desta vez será diferente?
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