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Scot Consultoria

Será o teto da safra?


Quinta-feira, 17 de março de 2011 - 17h22

O mercado físico de boi segue extremamente firme, com escalas curtas, especialmente se considerarmos a época do ano, porém, começa a dar sinais de que não existe força suficiente para alcançar patamares superiores aos atuais. O Índice ESALQ à vista fez sua máxima do ano a R$106,02/@ no dia 15/3, o que representa uma alta de 2,43%, frente ao Índice do início do ano. Com a queda do consumo interno, o indicador não conseguiu se manter nesse patamar e recuou R$0,27/@ no dia seguinte, voltando aos R$105,75/@ atuais. A precificação atual do mercado futuro, com o contrato de março/11 a R$104,90/@, já reflete uma queda de praticamente 1 real no Índice ESALQ à vista até o fim do mês. A partir daí, o deságio é de cerca de R$2,00/mês até maio, que atualmente se encontra cotado ao redor de R$100,70/@, caracterizando uma curva de queda de preços, até certo ponto, “normal” para a safra e, portanto, não permitindo grandes possibilidades de arbitragem no curto prazo. Com um mercado físico representado pelo Índice ESALQ à vista oscilando em torno dos R$105,50/@ e os deságios do restante da safra próximos da “normalidade”, o mercado futuro vem negociando volumes bastante tímidos, com os participantes sem muito apetite para montarem grandes posições, pois, não vêem grandes possibilidades de ganhos no curto prazo. A surpresa negativa vem sendo o contrato de out/11, cujo volume até agora ainda não é significativo, tendo apenas 3.943 contratos em aberto até o momento, contra 7.547 em 2010, 6.848 em 2009 e 15.831 em 2008, nesta mesma data. Isso, mesmo com esse contrato cotado em valores próximos aos do Índice ESALQ atual, o que historicamente poderia ser entendido como uma boa oportunidade de compra. Diante deste cenário, novamente as atenções se voltam para o clima, já que uma parada nas chuvas e conseqüente melhora nas condições das estradas poderiam aumentar um pouco a oferta no curto prazo, com animais de fazendas até então inacessíveis para o transporte chegando ao mercado. O consumo no mercado interno também não tende a aumentar nos próximos dias e a reclamação dos compradores nos preços atuais é recorrente, de modo que uma oferta, mesmo que ligeiramente, maior de animais poderia ter mais impacto do que normalmente aconteceria. Como estamos na safra, é sempre bom ficar atento, já que essa é sempre uma possibilidade a ser considerada.
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