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Scot Consultoria

E a curva corrigiu…


Sexta-feira, 21 de janeiro de 2011 - 11h22

As tentativas de forçar preços mais baixos em São Paulo e em suas praças vizinhas não obtiveram sucesso durante a semana, e o mercado físico trabalhou em ambiente firme mesmo diante das cotações da carne, que permaneceram praticamente inalteradas, com a boa demanda por dianteiros parcialmente compensando a fraca demanda por traseiros. O Indicador ESALQ à vista, que terminou a semana passada cotado em R$102,64/@ (R$100,28/@ livre), subiu pouco mais de 2 reais, cotado atualmente em R$103,89/@ (R$101,50/@ livre). O mercado futuro acompanhou a tendência e também trabalhou em forte alta durante a semana, com o contrato de janeiro subindo ao redor de R$2,50/@, cotado atualmente ao redor de R$103,50/@ precificando, portanto, uma certa estabilidade de preços até o final do mês em São Paulo. Conforme vínhamos chamando a atenção dos leitores nos nossos artigos anteriores, durante todo o mês de janeiro esse contrato se encontra em um bem definido canal de alta que teve sua borda inferior testada por diversas vezes, porém, sem ser rompida em definitivo em nenhum momento, como pode ser observado na figura 1. Acompanhando o movimento de alta do mercado físico, os contratos da safra e, sobretudo, o da entressafra, corrigiram sobremaneira o pessimismo exagerado com que precificavam a curva de preços, subindo forte durante toda a semana. O contrato de maio/11 subiu R$3,40/@, cotado em R$95,20/@ pelo ajuste de 19/1. No contrato de out/11 a alta foi ainda maior, subindo R$5,50/@ na semana e cotado atualmente em R$102,50/@, ainda abaixo da precificação atual de janeiro. Interessante notar que todo esse movimento de alta nos contratos de maio e outubro aconteceu com um volume baixíssimo de contratos negociados. Somando todos os contratos negociados na semana foram apenas 291 no out/11 e 401 no mai/11, com abertura de apenas 98 novas posições no out/11 e 226 no mai/11. Evidenciando assim o baixíssimo interesse de venda nesses patamares, o que deixou o mercado bastante livre para subir mesmo com pouca pressão compradora. Após essa correção, a curva de preços futuros começa se assemelhar com o que seria considerado normal para o mercado de boi, tendo os parâmetros históricos como referência. O diferencial de preços safra x entressafra atual apresenta um carrego de R$7,25/@ ou 7,61% em 6 meses, ainda fechado para os parâmetros históricos, porém já bem melhor do que no ano de 2010, quando esse carrego em grande parte do ano era inferior a 0,50% ao mês o que atuou como um grande desincentivo para o confinamento e contribuiu para aumentar a disparada de preços em outubro e novembro. Vale a pena acompanhar a evolução desse diferencial para ver se ele vai repetir ou não a história de 2010.
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