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Scot Consultoria

Correção


Quinta-feira, 16 de setembro de 2010 - 15h12

O mercado futuro operou em forte queda de R$1,50/@ para os vencimentos de set/10, out/10, nov/10 e dez/10 no pregão de 15/9, devolvendo praticamente toda a alta acumulada no mês de setembro e cumprindo à risca o ditado do mercado de que: “os preços sobem de escada e descem de elevador”. Na realidade o mercado futuro havia operado nos dias 13 e 14 na contramão do mercado físico, cujo Índice ESALQ à vista apontava queda de R$1,31/@ e o mercado futuro operou em alta, com o contrato de out/10 fazendo sua máxima a R$93,90/@ no dia 14/9. Porém, na manhã do dia 15/9 os ânimos apareceram mais exaltados e o mercado futuro abriu o dia em leve queda, acentuando o movimento ao longo do dia, à medida que níveis mais baixos iam acionando ordens de “stop loss” e realização de lucros, com out/10 chegando a fazer mínima a R$91,75/@. Num movimento típico de correção, o volume de negócios foi extremamente alto, com 11.269 contratos negociados, sendo 8.514 apenas no out/10. Com a grande volatilidade intradiária, o volume de “day trade” (posições abertas e liquidadas no mesmo dia) foi também bastante alto, perfazendo 58,42% de todos os negócios. Todo esse movimento foi mais que suficiente para corrigir a situação sobrecomprada do contrato de out/10 e trazer o IFR (Índice de Força Relativa) de ao redor de 75 para 55, devolvendo praticamente a neutralidade ao mercado pela óptica desse indicador. Para quem não é familiarizado com ferramentas de análise técnica ou gráfica, o IFR é um indicador que varia de 0 a 100 e nos dá a indicação da força de um movimento. Grosso modo, abaixo de 30 ele indica que o mercado está sobrevendido e que portanto deve perder a força de queda. Acima de 70 ele indica que o mercado está sobrecomprado e que a alta tende a perder a força. Apesar desse indicador não ser tão efetivo em mercados menos líquidos (como é o caso do boi, quando comparado com outros mercados como o dólar), ele é uma ferramenta simples que todos os analistas acompanham e que, portanto, merece atenção. A boa notícia após essa enorme queda é que ela promoveu uma grande “limpeza” no mercado e apesar da real análise da variação da posição dos participantes só poder ser feita amanhã, quando a BVM&F divulgar esses dados, é bem provável que alguns participantes tenham diminuído significativamente sua posição comprada. Esse tipo de correção é bastante comum e são necessárias para comprovar a verdadeira tendência do mercado. Caso os fundamentos do mercado permaneçam altistas, é certo que o mercado futuro terá bem mais facilidade para subir do que vinha tendo até então. A grande questão que se coloca agora para os dois próximos meses é se haverá ou não concentração da oferta de animais confinados no mercado. Até agora, pelo menos, essa oferta não foi suficiente para derrubar os preços no mercado físico. Após essa grande queda o contrato de out/10 opera, ao meio dia de hoje (16/9), em alta de R$0,47/@, a R$92,50/@.
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