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Recuperação


Sexta-feira, 4 de dezembro de 2009 - 09h11

Após fazer a nova mínima do ano em R$72,03/@ no dia 01/12, o índice ESALQ à vista subiu forte no dia 02/12, para R$72,75/@, à vista e R$73,71/@, a prazo, em São Paulo. Esse movimento logicamente desencadeou uma correção forte do mercado futuro, com o contrato de dez/09 subindo para R$73,00/@, após fazer a mínima do contrato em R$70,80/@ no dia 01/12. O mercado físico aparentemente encontrou um preço onde a resistência de venda se mostrou importante, tanto em São Paulo, ao redor de R$73,00/@, a prazo, quanto no Mato Grosso do Sul, ao redor de R$68,00/@, a prazo. E apesar de as escalas ainda estarem confortáveis, já são menores do que as da semana passada. Apesar das expectativas estarem voltadas para a relação de troca se corrigir através de uma queda da reposição, isso não é o que tem ocorrido ainda. No dia 30/11 o Índice ESALQ do bezerro subiu R$16,00, para R$605,22/animal, à vista, trazendo a relação de troca para 1,96 bezerros por boi de 16,50@, bem próximo da mínima histórica de 1,93 atingida em 26/04/2002. Acompanhe na figura 1. Apesar de o Indicador ESALQ do bezerro usado para calcular a relação de troca ser expresso em reais por animal e, desta forma, uma variação do peso médio dos animais negociados no dia poderia influenciar o preço do indicador, ele é um bom parâmetro histórico de relação de troca, pois sua metodologia permanece a mesma. Desde 2008 estamos com uma relação de troca bastante desfavorável ao invernista, porém, com a queda do boi gordo nos últimos meses a situação se agravou ainda mais. Com o movimento de retenção de matrizes em curso desde 2007, é razoável esperar uma maior oferta de animais de reposição e, portanto, preços mais baixos, que juntamente com um mercado mais firme para os animais gordos, poderiam corrigir essa relação de troca. No mercado futuro, as negociações continuam extremamente concentradas no vencimento de dezembro, com uma grande movimentação especulativa. Para se ter idéia, dos 5.071 contratos negociados em 02/12, 4.698 foram no dez/09, 245 no jan/10, 19 no fev/10, 55 no mai/10 e 54 no out/10, sendo que 54,49% dos negócios foram liquidados no mesmo dia, o chamado day trade, numa movimentação meramente especulativa. Com os participantes ainda relutantes em montar posições maiores para 2010, o que tem tido bastante movimento são os contratos de opção. Em 02/12 a opção de venda do mês de maio de nível R$68,00/@ foi negociada em 0,95/@. Já a opção de venda do contrato de out/10 de nível R$70,00/@ foi negociada em R$1,05/@. Houve negócios também na opção de compra do out/10 de nível R$80,00/@ a 1,90/@ e na de nível R$87,00/@ em 0,40/@. O spread mai/10 x out/10 aumentou para R$4,20, após fazer a mínima em R$3,00, começando a corrigir essa distorção, porém, num parâmetro ainda fechado para as médias históricas. A curva de preços futuros permanece desconectada dos parâmetros históricos, precificando um ano de 2010 sem entressafra. Pelos ajustes de 02/12, ago/10 e set/10 estavam cotados em R$72,62/@ e R$72,46/@, com maio/10 a R$71,90/@ e jun/10 a R$72,31/@. É provável que com uma maior liquidez em 2010, a curva de preços futuros passe a ser melhor arbitrada e se aproxime um pouco mais dos parâmetros históricos.
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