• Sexta-feira, 29 de março de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Queda!


Quinta-feira, 26 de novembro de 2009 - 14h50

Depois de ensaiar um período de sustentação na semana passada, o mercado não resistiu à pressão de baixa e recuou forte, principalmente em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Havia certa expectativa de que os preços de R$70,00/@ a prazo não encontrariam muitas vendas no MS, mas como nesse patamar houve negócios e as escalas se alongaram, esse foi o sinal para a forte e generalizada queda que ocorreu nos mercados físico e futuro. O índice ESALQ à vista, que terminou a semana do dia 19/11, cotado em R$74,38/@, estava cotado no dia 25/11 em R$73,11/@, uma queda de 1,70% em menos de uma semana. O mercado futuro foi na mesma direção e o contrato de dez/09, que no dia 23 fechou em alta, cotado em R$75,27/@ literalmente despencou, sendo cotado na mínima em R$72,10/@, uma queda, portanto, de 4,21% em 3 dias, e assim precificando ainda mais queda no índice ESALQ à vista, que fechou o dia 25/11 cotado em R$73,11/@. Com toda essa pressão de baixa no mercado físico sobre os vencimentos mais curtos, é natural que os contratos mais longos de 2010 também sigam essa direção. Já chamávamos a atenção para a curva de preços de 2010, que mostrava preços com diferenciais de apenas R$0,50/@ ao longo de toda a safra de 2010. Como todos os meses caíram, esse diferencial permaneceu e agora toda a safra está precificada ao redor de R$72,50/@. Essa curva de preços obviamente não é a que mais reflete a realidade do físico nos últimos anos, e isso provavelmente se deve ainda a pouca liquidez dos contratos de 2010. Após o pregão do dia 25/11, existiam apenas 3.214 contratos em aberto para todo o ano de 2010, representando, portanto, um universo de 64.280 animais. Logo, essa curva de preços deve ser observada com o “filtro” da pouca liquidez em mente. Esse pessimismo todo em relação a 2010 tem aberto muitas oportunidades para se arbitrar o spread out/10 – maio/10, vendendo contratos de maio e comprando os de outubro. Esse diferencial chegou a ser negociado a R$3,00/@, ou 4% de diferencial, entre maio e outubro. Esse “carrego” é menos que o CDI do período e nunca esteve tão baixo, como pode ser observado nos gráficos acima. É difícil imaginar alguém se dispondo a confinar bois com um diferencial tão pequeno.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja