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Scot Consultoria

Tudo em alta!


Sexta-feira, 25 de setembro de 2009 - 09h53

Após os 15 dias iniciais de setembro, em que o mercado físico permaneceu praticamente inalterado, mesmo diante de uma enorme pressão de baixa, com o Índice ESALQ à vista fazendo a mínima do ano a R$75,70/@, o mercado finalmente reagiu, com o Índice ESALQ subindo forte para os R$79,20/@ à vista, e o contrato de out/09 chegando a operar na máxima em R$83,00/@. Após esse movimento generalizado de alta, o destaque foi que os preços das diferentes praças de São Paulo voltaram a operar perto de suas diferenças históricas. Nos preços a prazo levantados pelo CEPEA de 18/09/2009, a praça de Araçatuba tinha como referência R$76,50 à prazo, contra R$80,60 de Bauru/Marília, uma diferença de R$4,10/@ ou 5,35%, numa situação bastante atípica para praças vizinhas e dentro do mesmo estado. Essa situação se inverteu, com Araçatuba subindo 6,59% para os R$81,54/@ a prazo, enquanto Bauru/Marília subiu apenas 0,15% para R$80,72/@ a prazo. Além da alta no mercado de boi, a boa notícia foi que o mercado de carne também trabalha em ambiente firme. Depois de fazer a mínima recente, a R$5,74/kg em 12/08, o traseiro está hoje em R$6,28/kg, uma alta de 9,40% em pouco mais de um mês. Outro fator positivo para os preços foi a recente reação do couro que, segundo levantamentos da Scot Consultoria, teve alta de 20% na última semana, 50% em 30 dias e 100% nos últimos 60 dias. Analisando o comportamento do mercado neste ano, chama atenção a semelhança com 2005, onde ambos tiveram em janeiro sua cotação máxima e a cotação mínima em setembro. Em 2005, a queda da máxima em 06/01, a R$60,66, para a mínima de R$49,07 em 12/09 foi de 19%. Já em 2009, a queda da cotação máxima em 05/01, a R$85,88, para a mínima em 05/09, a R$75,61, foi de 12%. Em 2005, após a mínima no dia 12/09, o mercado inverteu e subiu 19% até o fatídico dia 11/10/2005, quando teve sua alta interrompida pela notícia do foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Até agora os preços recuperaram quase 5% da sua mínima. Até onde poderá ir essa correção? Acompanhe a semelhança na figura 1. Independentemente das semelhanças entre anos, o fato é que essa alta tem sido aproveitada por muitos pecuaristas para travarem seus preços, como sugere o enorme aumento de posição vendida de Pessoa Jurídica Não Financeira (onde se enquadram os frigoríficos). Após o pregão de 22/09, onde os contratos de out/09, nov/09 e dez/09 tiveram suas máximas recentes, esse participante aumentou sua posição vendida em 1.175 contratos, indicando um possível maior interesse de vendas a termo pelos pecuaristas. Para quem não travou os preços da primeira rodada de confinamento e teve que amargar a enorme queda do mercado, travar preços tão melhores para a segunda rodada não parece ser um mau negócio.
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