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Scot Consultoria

Preços internacionais, dólar e sebo pressionam o couro


Sexta-feira, 24 de julho de 2009 - 15h52

Preços estáveis para o couro verde. De toda forma, os curtumes estão de olho no câmbio e, caso ele venha para baixo de R$1,90, buscando R$1,80 (o que não é nada improvável), as pressões baixistas devem ser retomadas. Hoje ninguém mais reclama de vendas fracas. As exportações de couro estão em ritmo considerado normal para o período do ano (férias na Europa), considerando ainda que o mundo enfrenta uma severa crise econômica. O que tem castigado os curtumes são os preços baixos (o preço médio do couro exportado pelo Brasil caiu 53% em relação ao mesmo período de 2008), os prazos de pagamentos bastante alongados (30, 60 e até 90 dias) e a redução da oferta de crédito. Sem contar que os curtumes começam, agora, a colher os resultados negativos da ação do Ministério Público Federal no Pará. Isso porque alguns de seus clientes, de diversos setores, passaram a exigir garantia de origem das peles. Tem que estar tudo no papel. A burocracia e as dificuldades aumentaram, mas ninguém quer arriscar um embargo (sendo que o MPF planeja uma ação, semelhante à ocorrida no Pará, no Mato Grosso). Não bastasse, a perda de valor do sebo ao longo das últimas semanas (17% em 45 dias), também afeta os curtumes. Afinal, mais ou menos a cada 3 kg de subprodutos de curtimento, 1 kg vira sebo. Vale destacar que essa relação já foi maior. É que a valorização do sebo, em detrimento do couro, no decorrer dos últimos anos (hoje o quilo do sebo vale o triplo do de couro) fez com que os frigoríficos passassem a enviar peles mais limpas para os curtumes. Antes valia a pena mandar vergalho, orelha, etc. para os curtumes, entrando tudo na conta do couro. Hoje, porém, vale mais a pena tirar tudo isso e enviar para a graxaria, já que o couro perdeu muito valor. MERCADO DO SEBO DEVE VOLTAR A FIRMAR E por falar em sebo, o mercado passou a andar de lado. Os compradores acreditam em estabilidade para o curto prazo, com possibilidade de alta a partir de agosto. Isso porque o frio, que afeta negativamente a demanda por sebo, deve começar a se dissipar. Sem contar que a oferta tende a se manter ajustada.
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