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Scot Consultoria

Apesar da redução de oferta, a pressão sobre o couro verde ainda é de baixa


Sexta-feira, 20 de março de 2009 - 11h23

Preços praticamente estáveis para o couro verde ao longo da última semana, quando se considera os valores de referência. Em função de volume e qualidade, porém, observa-se muita variação. Para o couro verde de primeira linha no Brasil Central, foram registrados negócios entre R$0,40/kg e R$0,60/kg. Os valores mais altos são mais fáceis de encontrar em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins, onde a presença de grandes frigoríficos é significativa. Os valores mais baixos ocorrem com mais freqüência em Minas Gerais, Paraná, Bahia e Espírito Santo, onde há boa presença de frigoríficos de “médio porte”. Já a cotação do couro catado oscila entre R$0,20/kg e R$0,30/kg, no Brasil Central, e entre R$0,40/kg e R$0,50/kg, no Rio Grande do Sul. Vale destacar que quanto pior a qualidade da pele (couro verde), mais difícil é o seu escoamento. No que diz respeito ao couro curtido, o mercado encontra-se bastante seletivo. Os negócios são poucos e, portanto, restringem-se a produtos de boa qualidade, com preço baixo. Essa pressão sobre os curtumes é repassada aos frigoríficos. Como o couro brasileiro se destina, principalmente, ao setor automotivo e moveleiro, as vendas relutam em se aquecer. Afinal, esses são os setores mais atingidos pela crise econômica. Não fosse a oferta relativamente reduzida, contando com a paralisação dos abates de vários frigoríficos, sabe-se lá em que patamar de preço estaria o couro verde. A ABRAFRIGO (Associação Brasileira de Frigoríficos) afirma que, em função dos problemas relativos ao crédito, já são 50 frigoríficos com atividades paralisadas, que respondem por uma capacidade de abate de 30 mil cabeças/dia ou 8,7 milhões de cabeças/ano. De toda forma, trabalhando com ociosidade de 50% e pressionados pelos custos fixos, os curtumes sinalizam que podem voltar a pressionar a cotação da matéria-prima.
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