Pela terceira semana seguida, houve desvalorização nos preços dos cortes sem osso. O recuo acumulado neste período é de 1,5%.
Os frigoríficos estão vendendo a produção por um preço 2,1% menor do que o registrado na mesma semana de junho deste ano.
Em 2014, desde o começo do ano, a cotação da carne de traseiro ficou 8,8% mais baixa, enquanto os cortes de menor valor agregado tiveram alta de 11,6%.
A procura é maior por este tipo de produto, comportamento típico de população cujo poder de compra tem diminuído.
Ainda assim, os preços vigentes estão 19,8% maiores que o registrado há um ano, na média geral de todos os cortes. A margem da indústria que faz a desossa, que é de 21,7%, está três pontos percentuais maior.
A indústria tem conseguido repassar à carne parte da alta da arroba.
O varejo segue absorvendo os reajustes para não prejudicar o escoamento.
Economia fraca e queda nos preços da carne
Nos últimos sete dias, houve queda de 0,5% nos preços da carne bovina no mercado varejista de São Paulo.
No Rio de Janeiro e no Paraná as desvalorizações foram de 0,4% e 0,6%, respectivamente. Estabilidade em Minas Gerais.
A situação econômica do país tem se agravado. Segundo a estimativa divulgada pelo Banco Central no começo da semana, a expectativa para a inflação em 2014 teve mais uma revisão para cima e deve ficar em 6,48%.
Já a produção industrial deve cair 0,9% e o PIB crescer somente 1,05%.
Isso indica que o poder de compra da população, em queda, deve piorar, o que afeta diretamente as vendas de carne bovina.
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