De acordo com o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado recentemente, a área cultivada no Brasil encolheu 3,7% desde a safra anterior, totalizando 47,30 milhões de hectares.
O recuo de cerca de 1,80 milhão de hectares ocorreu principalmente pelos preços baixos, estreitamento da rentabilidade e migração dos produtores para outras atividades. Também teve muita troca de atividade dentro da própria agricultura: muitos sojicultores, por exemplo, decidiram plantar milho, na busca por melhores remunerações.
Em relação à safra 2004/05 a maior queda da área plantada se deu para o algodão, com recuo de 27,30% ou 322 mil hectares, e para o arroz, com retração na área plantada em 923 mil hectares ou 23,60% em relação à safra anterior. Entretanto a maior perda absoluta ocorreu para a soja. A área cultivada com soja encolheu 1,07 milhão de hectares desde a safra passada.
Em contrapartida, somente as áreas cultivadas com milho e feijão cresceram na safra 2005/06. Aumento de 702,7 mil ha para o milho e 251,2 mil ha para o feijão.
PRODUÇÃO
Enquanto a área total cultivada diminuiu, a produção agrícola deve aumentar cerca de 5,10%. A produção de 5,80 milhões a mais que na safra 2004/05 deve-se ao aumento da produtividade. Fatores climáticos e sanitários interferiram no desempenho da safra passada, o que provocou o aumento comparativo em produtividade na safra atual.
No total, a estimativa é que serão produzidas 119,70 milhões de toneladas. A soja e o milho são as culturas mais representativas, totalizando, juntas, mais de 79% do total produzido no Brasil, entre grãos e cereais.
O maior crescimento de produção é estimado para o milho. Em toneladas, a expectativa é que na safra 2005/06 a produção cresça 6,43 milhões de toneladas, ou 18,40% em relação à safra 2004/05. Em seguida, tem-se o crescimento da produção de soja. Mesmo em área menor, o aumento da produtividade deve provocar crescimento de 1,97 milhão de toneladas.
A maior retração na produção é esperada para o arroz. De acordo com o levantamento, serão produzidas 1,6 milhão de toneladas a menos que na safra anterior. Preços muito baixos forçaram a saída da atividade.
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