Poucas novidades no mercado do milho neste começo de ano. As cotações estão praticamente estáveis e o volume de negocios ainda é baixo.
Lembrando que a baixa liquidez do mercado foi o principal fator baixista em 2009. Ao longo do último ano, o preço do milho caiu em média 20%.
A oferta no mercado interno está elevada. Os estoques de passagem estão estimados em 11 milhões de toneladas (safra 2008/2009).
A colheita da safra nova deve começar em fevereiro, fato que pode pressionar ainda mais os preços. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima uma produção total (primeira e segunda safras) de aproximadamente 50 milhões de toneladas para esta temporada.
O clima tem colaborado para o bom desenvolvimento das lavouras e dessa forma, a previsão é de safra cheia.
No Paraná, por exemplo, apesar da redução de 27% na área plantada com a cultura, a CONAB prevê uma produção bem próxima da verificada na safra passada, algo em torno de 6,3 milhões de toneladas (primeira safra).
SOJA
Do lado da soja a situação não é muito diferente. Os preços no mercado interno, em geral, são apenas referência, já que compradores e vendedores continuam afastados do mercado.
Os estoques referentes à safra 2008/2009 estão no fim. No entanto, a colheita da variedade precoce já começou no Centro-Oeste.
A pressão baixista diante do aumento da oferta mundial existe, entretanto, é preciso analisar o lado da demanda que deve ser elevada, principalmente por parte do maior importador mundial, a China.
Outro ponto que merece destaque são as fortes chuvas que podem prejudicar a produção nas lavouras no Sul do país, em especial no Rio Grande do Sul, o terceiro maior produtor nacional.