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Bolha "também" para as commodities


Quinta-feira, 11 de setembro de 2008 - 17h07

As commodities em geral têm registrado um bom desempenho em 2008: preços históricos mais altos, demanda firme em conseqüência do mercado internacional aquecido. Até a renda agrícola obteve um crescimento neste ano, de 16%, de acordo com pesquisa realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Ministério da Agricultura (MAPA). Quem não conseguiu aproveitar o momento favorável, como é o caso de vários produtores brasileiros que já esperavam uma safra comprometida desde o plantio, pode não ter a mesma oportunidade na próxima safra. A famosa "bolha" - termo muito utilizado pelos economistas para explicar um excessivo aumento, sem fundamentação, seguido de uma "queda livre" nos preços de qualquer ativo, sejam moradias nos EUA ou commodities agrícolas no Brasil - parece ser a definição utilizada para explicar a acentuada queda nos preços internacionais dos grãos. Terá essa bolha, de agora em diante, algum efeito nos preços recebidos pelos produtores? Provavelmente sim, mas não na mesma intensidade que ocorrerá com os produtores americanos, que podem sofrer com a valorização atual de sua moeda. A valorização do dólar nas últimas duas semanas pode explicar em grande parte o "descolamento" entre as cotações brasileiras e as norte-americanas. Do momento em que atingiu o pico (primeira quinzena de julho) até hoje, a desvalorização da soja norte-americana já é de quase 28%, enquanto no Brasil essa desvalorização é de "apenas" 10%. O dólar se valorizou 10% frente ao real no mesmo período. O mercado interno também mostra sua força, contribuindo para esse descolamento. O crescimento econômico de 6% apenas no primeiro semestre, em relação a 2007, divulgado pelo IBGE, mostra a consolidação da demanda interna, que ajuda a sustentar as cotações domésticas. Apesar do cenário ainda favorável no mercado interno, o momento é de atenção aos números internacionais. Até o momento as chamadas economias emergentes mantiveram a demanda internacional aquecida. Apenas a ameaça da crise financeira norte-americana, que pode afetar o ritmo de crescimento econômico do planeta, derrubou os preços de todas as commodities. Produtores rurais devem ter cautela nesse momento. Aproveitar as oportunidades que a volatilidade oferece e gerir de forma eficiente os custos de produção são fatores de extrema importância nesse período de incertezas.
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