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Scot Consultoria

Relatório do USDA mexe com o mercado de commodities agrícolas


Quinta-feira, 3 de abril de 2008 - 11h18

O mercado de commodities agrícolas dos últimos dias girou em torno da divulgação do relatório de estoques e intenção de plantio para a safra 2008/09 do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). O relatório apresentou variações em alguns fundamentos que davam base para análises e expectativas de mercado, principalmente no que diz respeito à soja. A intenção de área plantada da oleaginosa é 17,5% maior que a do ano passado, motivo suficiente para que as cotações atingissem limite de baixa em todos os vencimentos dos contratos futuros da Bolsa de Chicago (CBOT) em 31 de março. Todavia, no dia seguinte, as cotações reagiram. Mesmo com a promessa de uma maior oferta, a demanda por grãos é crescente e os estoques mundiais ainda são os menores dos últimos tempos, sendo necessárias duas safras cheias para regularizar a oferta internacional. A área plantada com milho, que vinha crescendo sobre a área de outras culturas, vai diminuir 8%, dando espaço à soja e ao trigo. A expansão de área das duas lavouras somadas é de 11% em relação à safra passada. Ótima notícia para a safrinha (tendência de preços firmes para o médio prazo) e para as exportações brasileiras de milho. Os EUA não terão volume suficiente para atender a demanda interna, o que limitará suas vendas internacionais do grão. Oportunidade para o Brasil. E por falar em safrinha de milho, essa já virou "safrona" no Brasil. Em muitos Estados como no Paraná a área ocupada com o milho de segunda safra é maior que a ocupada na safra de verão. Mesmo com o aumento do risco climático (atraso das chuvas) e com os altos preços do trigo, o produtor brasileiro deve investir mesmo no milho (mercado consolidado e de maior liquidez). Para o trigo, o cenário mundial continua favorável. Baixos estoques, alta demanda e preços firmes. No mercado interno, enquanto a cotação do milho vem caindo desde janeiro, a do trigo está subindo, acompanhando o mercado internacional. Além disso, o fechamento dos registros de exportação argentinos contribuiu para os aumentos, já que o Brasil importa, atualmente, cerca de 70% do trigo que consome. A alta do cereal está afetando os preços da farinha de trigo e seus derivados no mundo inteiro, alimentando a inflação.
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