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Scot Consultoria

Grãos seguem em alta


Quinta-feira, 3 de janeiro de 2008 - 17h59

Mais um ano começou e com ele a expectativa de saber os resultados da safra brasileira de grãos. Embora a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projete para 2007/08 aumento de produção, esta pode ser prejudicada pelo fenômeno climático La Niña. Além disso, a ferrugem asiática pode reduzir a produção nas lavouras de soja. Dezembro e janeiro são os meses de maior incidência da doença. A soja no estádio de florescimento (mais susceptível a infecções) e a maior freqüência de chuvas favorecem o desenvolvimento da ferrugem. Para a soja, principalmente para seus derivados, a demanda mundial continua aquecida. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima um decréscimo de 1% nos embarques de soja em grão, caindo de 24,76 milhões de toneladas em 2006/07 para 24,50 milhões de toneladas em 2007/08, e um crescimento de 7% no esmagamento da oleaginosa (28,76 milhões de toneladas na safra passada contra 30,70 milhões de toneladas nessa safra), em função da elevação dos preços do farelo e do óleo de soja no exterior. O consumo de farelo e óleo de soja também está crescendo no mercado interno. Estima-se que serão consumidos, em 2007/08, cerca de 10,7 milhões de toneladas de farinha (aumento de 8% em relação à 2006/07) e de 3,55 milhões de toneladas de óleo (10% a mais que no ano agrícola passado). Em virtude da possibilidade de menor oferta e da demanda mundial cada vez maior por grãos e seus derivados para alimentação humana, animal e biocombustível, é consenso que as cotações continuarão firmes em 2008. Juntamente com a soja, o milho e o trigo continuarão sendo as vedetes em 2008. A utilização do milho para fins energéticos (etanol) e a maior procura por ração animal confirmam a alta no preço do produto. Para o trigo, a escassez no mercado e a suspensão dos registros de exportação do cereal na Argentina determinam sua valorização. No mercado internacional, a China decidiu impor taxas temporárias para exportação de cereais (milho, arroz, soja e trigo) e seus derivados, a fim de garantir o abastecimento interno e conter a inflação. Esse é mais um fator de sustentação de preços durante o ano.
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