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Scot Consultoria

Grãos não - transgênicos valorizados no mercado


Quinta-feira, 29 de novembro de 2007 - 21h01

A propaganda contra os transgênicos tem surtido efeito e, no caso da soja, a valorização do preço do grão não-transgênico. Segundo uma trading japonesa, existe um ágio de US$1,50 por bushel (27,21 quilos), o que equivale a R$5,92 por saca, considerando o dólar em R$1,79, para a soja não-transgênica que será entregue em 2008. No Japão, das 4,2 milhões de toneladas de soja importadas em 2006, 4,04 milhões de toneladas foram do grão não-modificado, utilizado na alimentação humana. Nos EUA, os produtores da oleaginosa tentam conseguir um prêmio pelo grão não-transgênico na próxima safra. Alguns pensam em produzir somente com a garantia de contrato, já que o plantio de soja convencional tem custo de produção mais alto e menor produtividade comparada às variedades transgênicas. Além disso, com a crescente demanda por etanol e os altos preços do milho, os produtores norte-americanos estão preferindo plantar o cereal em detrimento da soja (essa será a menor safra de soja dos últimos 12 anos), o que também justificaria o pagamento dos prêmios. A preferência por produtos não-modificados também está aumentando na Europa. França e Áustria proibiram a produção comercial de milho transgênico. O comissário europeu para o ambiente também se manifestou contra a autorização para cultivo de duas variedades do cereal transgênico na União Européia (UE). Atualmente, apenas uma variedade de milho modificada é cultivada para fins comerciais na UE, principalmente na Espanha e na França. A tendência de valorização do grão não-transgênico também ocorre no Brasil, principalmente no Paraná. Segundo a Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), os produtores rurais do Oeste do Estado estão recebendo um acréscimo de R$2,20 por saca de soja não-modificada, devido à política estadual em defesa da produção de grãos não-transgênicos. Com essa valorização, diversos produtores do Estado estão se animando a plantar grãos convencionais ao invés da produção de organismos transgênicos.
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