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Scot Consultoria

Safra 2007/08


Quinta-feira, 27 de setembro de 2007 - 17h46

Fim de setembro seria o início das chuvas e dos plantios da safra de verão. Entretanto, devido às variações climáticas provocadas pelo La Nina, muitos produtores do Centro-Sul estão preocupados com a maneira com que os fenômenos climáticos irão afetar a produção da safra 2007/08. Embora tenha chovido nos últimos dias na região Sul e os plantios tenham começado em algumas regiões, especificamente no Rio Grande do Sul, o plantio da safra de milho está atrasado com relação à safra passada. No Centro-Oeste, principalmente no Mato Grosso, região de cultivo de variedades de soja precoce, o volume pluviométrico não foi suficiente para permitir o início, de vez, dos plantios. O atraso no plantio da soja e milho pode levar ao aumento da área de algodão, já que cada cultura tem seu período ótimo para o plantio e a semeadura feita após esse tempo pode acarretar em grande perda de produtividade. Em vista disso, os produtores poderão optar pelo algodão que é a última cultura a ser plantada (principalmente nos meses de dezembro e janeiro). Para a soja, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de um aumento entre 1,3% e 6% na área cultivada no Brasil. Ainda segundo a Conab, esse aumento se dará principalmente no Centro-Oeste onde a cultura é mais rentável que o milho. A expectativa de crescimento de área pode ser explicada pelos preços atraentes, em função do aumento da demanda mundial, tanto para alimentação, quanto para a produção de biocombustíveis, e pelos contratos fechados de venda antecipada. Estes, ainda de acordo com a Conab, estão em torno de 19% da produção 2007/08. O Mato Grosso vem liderando a comercialização antecipada com 28% da estimativa para a safra, seguido pela Bahia (22%) e Goiás (18%). Com relação ao aumento da demanda mundial, a China manteve o mercado aquecido nas últimas semanas, devido ao problema de seca na principal região produtora do país. Em vista disso, ela pretende não só aumentar suas compras em 19,3% neste ano (de 28,5 milhões para 34 milhões de toneladas de soja), como reduzir a tarifa de importação do grão de 3% para 1% a partir de outubro. Os rumores de geada no Norte do cinturão produtor americano e o clima seco no Centro-Oeste brasileiro (atraso no plantio), também impulsionam os preços internacionais da commodity. Com relação ao milho, a previsão é de aumento de área, uma vez que os preços continuam altos, devido ao crescimento das exportações por causa do etanol de milho nos EUA, da maior demanda no Brasil nessa época e em função da ampliação da importação pela Europa.
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