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Scot Consultoria

Frio, frio, frio...


Sexta-feira, 1 de junho de 2007 - 11h11

Estamos no outono, mas as temperaturas são típicas de inverno. E o frio, que chegou junto com uma massa de ar frio do Sul do continente, parece relutar em ir embora. Diante da intensidade dessa frente fria, que derrubou as temperaturas para menos de 0ºC em algumas cidades do Sul do País, o risco de geada aumentou. O problema decorrente da geada, no caso da cultura do milho, não é tanto a baixa temperatura, mas a época que ocorre. De acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), algumas regiões estão com o milho ainda em época de alta susceptibilidade a geadas. O volume do milho susceptível a geadas varia entre 20% e 80% nas áreas onde as geadas ainda podem causar danos. O risco de geada afeta diretamente o mercado de milho. A previsão de safrinha recorde criou a expectativa de boa oferta do produto no mercado, o que poderia resultar em preços deprimidos. Entretanto, caso os prejuízos com as geadas sejam significativos, especula-se sobre uma safra recorde não tão recorde assim. Diante desse cenário, os preços do milho no mercado interno iniciaram um movimento de alta. O preço médio de maio, de R$18,94 por saca de 60kg em Paranaguá, está 1,0% abaixo do preço médio de abril. Entretanto, nos últimos 5 dias a cotação subiu 5,4%. Devido à previsão de novas frentes frias, com a possibilidade das temperaturas caírem para perto de zero novamente, o risco de novas geadas ainda existe. Dessa forma, o clima adverso pode ajudar a sustentar os preços do milho. Existem ainda outros fatores que mantém o mercado do milho aquecido, como a perspectiva de estiagem nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos, por exemplo. O risco de prejuízos à lavoura norte-americana resultou em alta nos contratos futuros de milho. É notícia nova. A demanda firme, com perspectiva de aumento de 6,2% nas vendas de ingredientes para a indústria de nutrição animal, também pode auxiliar a sustentar o mercado.
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