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Carta Conjuntura - IPCA recuou, mas rompeu o teto para a inflação


Segunda-feira, 8 de julho de 2013 - 17h10

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial do governo para as metas inflacionárias desde julho de 1999.


Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o universo de pesquisa é de famílias com renda de um a quarenta salários mínimos das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Distrito Federal e Goiânia.


A apuração é feita mensalmente, do primeiro ao último dia do mês de referência.


Na sexta-feira (5/7), o IBGE divulgou o resultado do IPCA de junho, que ficou em 0,26%.


Em relação a maio, quando a taxa foi de 0,37%, houve recuo de 0,11 ponto percentual. 


O que gerou este recuo?


O índice é composto por nove grupos de produtos, que estão descritos na tabela 1, com suas respectivas variações entre maio e junho.



Um dos responsáveis por este comportamento em junho foi o grupo de saúde e cuidados pessoais, que saiu de 0,94% para 0,36%.


Os grupos de vestuário e artigos para residência também colaboraram, ambos tiveram recuo de 0,34 ponto percentual durante o período.


Para alimentação e bebidas, a queda, de 0,27 ponto percentual, foi a quinta consecutiva neste ano.Mesmo com a retração do IPCA, a variação acumulada nos últimos doze meses está em 6,7%. Este valor excede a margem da meta da inflação de 6,5%, estipulada pelo governo para 2013.


Por quê?


O centro desta meta está em 4,5% ao ano, e existe uma margem de dois pontos percentuais para baixo e para cima.


O rompimento deste teto de 6,5% ocorreu porque o resultado de junho do ano passado, de 0,08% (em laranja), deixou de ser considerado. Observe a figura 1.



A taxa de junho de 2012 puxava a média para baixo e mesmo com o recuo de junho deste ano frente a maio, não foi possível ficar dentro da margem esperada.


Esta é a segunda vez neste ano que o IPCA ultrapassa o teto da meta para a inflação. A primeira vez ocorreu em março.

Expectativas


Um novo recuo da taxa dos alimentos e bebidas, que têm o maior peso entre os grupos, pode favorecer para o índice geral mais comportado em julho.


Além disto, o cancelamento da alta das tarifas dos ônibus urbanos em algumas cidades também deve colaborar.


Apesar do rompimento do teto da margem para a inflação no acumulado dos últimos doze meses, a expectativa para o curto prazo é de que o IPCA continue a tendência de baixa.



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