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Scot Consultoria

Carta Grãos - A retomada dos preços do milho


Sexta-feira, 21 de novembro de 2014 - 18h10

Zootecnista, formado pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câmpus de Ilha Solteira-SP, mestre em Administração de Organizações Agroindustriais pela UNESP, Câmpus de Jaboticabal-SP. É analista e consultor de mercado da Scot Consultoria. Coordena as divisões de pecuária de leite, grãos e avaliação e perícia. Editor-chefe do Relatório do Mercado de Leite, publicação da Scot Consultoria. Atuação nas áreas de análises, estabelecimento de cenários, estratégias de mercado, realização de projeções de preços, oferta, demanda, análises setoriais e pesquisa de opinião e imagem. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado de leite, boi, grãos e assuntos relacionados à agropecuária em geral.


Os preços do milho reagiram a partir de meados de outubro.


Na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$27,00 (21/11), para entrega imediata.


A alta foi de expressivos 15,4% em novembro, em relação à média de outubro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o milho está custando 10,0% mais (figura 1).



Mas, considerando os estoques elevados no Brasil e a baixa liquidez do mercado até então, além da colheita em andamento nos Estados Unidos, com expectativas de uma safra cheia (2014/2015), de onde vem à pressão de alta?


Primeiro, vem dos atrasos na colheita do milho norte-americano no final de outubro e começo de novembro, quando chegou a uma diferença de até quinze pontos percentuais de atraso em relação à média das cinco últimas temporadas. Os preços reagiram no mercado internacional.


O segundo ponto é que este atraso aumentou a procura pelo milho brasileiro para exportação nas últimas semanas. O dólar valorizado em relação ao real aumentou o interesse do exportador brasileiro.


Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na primeira semana de novembro o Brasil exportou 139,3 mil toneladas de milho por dia, 0,8% mais que a média diária de outubro, que já tinha sido 13,3% maior que o volume exportado em setembro.


Considerações finais


Em curto e médio prazos o mercado futuro aponta para alta de preços no mercado interno. Além dos fatores citados, a redução da área plantada no Brasil na primeira safra (2014/2015) colabora com este cenário de preços firmes.


Na BM&F/Bovespa o contrato com vencimento em março de 2015 fechou cotado em R$32,41 por saca no dia 19 de novembro. Veja a figura 2.



O contraponto é a expectativa é de estoques elevados ao final de 2014. A Companhia Nacional de Abastecimento estima 15,26 milhões de toneladas de milho, frente as 8,26 milhões de toneladas no final do ano passado.



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