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Scot Consultoria

A fraude da lucratividade da Petrobras


Sexta-feira, 14 de novembro de 2014 - 17h30

Problemas sociais - soluções liberais
Liberdade política e econômica. Democracia. Estado de direito. Estado mínimo. Máxima descentralização do poder.


Os principais jornais do país destacam hoje que a Petrobras teria lucrado no terceiro trimestre deste ano um lucro de R$3,0 bilhões, e que no final do ano teria um lucro consolidado de mais de R$15,0 bilhões, de onde sairá o dinheiro a remunerar com dividendos os acionistas, sendo o principal deles o Estado brasileiro.


O único problema é que isso é mentira e que a Petrobras não gera lucros! Na contabilidade da empresa está ignorado o custo do refinanciamento da dívida e de novos empréstimos, literalmente ignorando o fato de que, para ser superavitário, ou seja, lucrativo, é necessário que a empresa arrecade mais do que gasta depois de efetivamente averiguada todas as despesas, inclusive a de serviço da dívida.


O resultado é uma empresa que levanta um suposto lucro de R$15,0 bilhões neste ano, a ser entregue via dividendos para o governo, enquanto a empresa afunda em dívidas, tendo acrescido R$70,0 bilhões em prejuízos em 2013 e, ao que se fala, mais de R$100,0 bilhões de prejuízo só em 2014.


Esse mecanismo, diga-se, é muito parecido com o que o próprio governo faz com as contas públicas, onde não se vê um superávit nominal (verdadeiro) há décadas e onde sequer superávit primário (aquele que ignora custos da dívida) é atingido.


Nesse caos orçamentário em que a Petrobras se meteu, onde a auditora PwC se recusa a aprovar o balanço da empresa e o governo dos EUA ameaçam fazer uma investigação criminal contra os diretores, pelo menos um grupo de pessoas continuam tendo eterno superávit e lucro nas suas contas pessoais: os políticos ligados ao governo do PT. 


Por Bernardo Santoro



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