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Scot Consultoria

Diferencial de base em Mato Grosso


Quarta-feira, 10 de abril de 2013 - 15h56

Médico veterinário, formado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Câmpus de Campo Grande-MS, mestre em Administração de Organizações pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - FEA-RP/USP. Possui MBA em Gestão Financeira pela UNOPAR. É analista e consultor de mercado da Scot Consultoria. Coordena a divisão de mercado de couro e sebo. É editor-chefe do informativo pecuário semanal Boi & Companhia, publicação da Scot Consultoria. Atuação nas áreas de análises, estabelecimento de cenários, estratégias de mercado, realização de projeções de preços, oferta, demanda, análises setoriais e pesquisa de opinião e imagem. Ministra aulas, palestras, cursos e treinamentos nas áreas de mercado do boi e assuntos relacionados à agropecuária em geral.


Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA), as ferramentas de garantia de precificação na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BVMF) foram usadas na comercialização de 8,9% do total negociado pelos confinadores do estado em 2012. Houve aumento de 7,7 pontos percentuais na utilização, em relação a 2012.


Os animais negociados a termo, diretamente com os frigoríficos, representaram 10,8% do total, aumento de 3,3 pontos percentuais, na comparação com a participação de 2011.


Somando a participação dos negócios a termo e diretamente na bolsa, as estimativas são de que 19,8% do gado confinado no Mato Grosso tenha sido vendido com a utilização de ferramentas de garantia de precificação, aumento de 11,1 pontos percentuais, na comparação com 2011. 



O aumento da utilização destas ferramentas tem ocorrido e ajuda a garantir a rentabilidade do confinamento.


Como as operações na BVMF e boa parte dos negócios a termo usam as cotações de São Paulo como referência, o diferencial de base se torna fundamental. Diferencial de base é a diferença entre as cotações na praça em questão e a base, no caso do boi gordo, São Paulo.


Para os animais negociados a termo, em praças fora de São Paulo, existe a possibilidade de negociação do diferencial de base antecipadamente. Com isto o pecuarista pode garantir os preços, mesmo se a cotação na praça em questão se distanciar daquela em São Paulo.


Quando o pecuarista realiza os negócios diretamente na bolsa, ele não tem esta garantia quanto ao diferencial, o que mantém um risco na operação, caso o diferencial se alongue. Para esta análise foram utilizados os valores em outubro, mês com grande volume de saída de animais de cocho.


O diferencial mais distante ocorreu em 2011, de 10,8%. O mais próximo foi de 6,9% em 2008. Veja a figura 2. 



O diferencial médio do período foi de -8,3%.


Considerando os últimos cinco anos (2008 a 2012), o diferencial de base médio foi -9,0%, ou seja, neste mês os preços na região foram 9,0% menores que em São Paulo.


Caso o diferencial de base esteja mais alongado no momento da venda, em relação àquele observado no momento do hedge, a operação não cobrirá toda a variação de preços.


Ainda assim, o risco de base tende a ser menor que o risco de esperar o momento da venda.



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