Más condições técnicas no Greenpeace

Semana passada acompanhei uma pequena discussão no Twitter de um amigo com o Greenpeace que pode ser conferido na imagem abaixo.

A primeira vista até pode parecer algo insignificante, mas para quem acompanha o assunto e a mobilização deles há muitos anos esse é apenas mais um de milhares de erros e manipulação de informações. Fica apenas a dúvida se isso é intencional ou se é um reflexo das más condições técnicas de seu efetivo. Ou eles não sabem do que estão falando ou querem realmente fazer a população de bocós, enganando os incautos na sanha de vender mais camisetas.

Ontem recebi mais um e-mail deles falando da plataforma Kulluk onde um erro grotesco (em negrito) passou:

A Kulluk estava sendo rebocada ao porto de Seattle quando foi atingida por más condições climáticas que quebraram a linha de reboque e fizeram com que a plataforma ficasse à deriva e atingisse a costa.

Como é que é? "más condições climáticas"? É isso mesmo que eles afirmam? Então essa plataforma deveria estar sendo rebocada há décadas, já que para caracterizar uma mudança climática são necessários no mínimo 30 anos.

Um erro conceitual desta natureza não pode ser admitido vindo de uma instituição que se julga profissional no assunto e que na prática demonstra estar sendo gerida por um bando de estagiários mal-formados e mal informados. Eles não sabem nem a diferença entre CLIMA e TEMPO.

No site do Greenpeace há uma notícia com um erro ainda mais grosseiro publicado no dia 7 de janeiro.

Diz assim:

Hoje, a plataforma foi reconectada ao rebocador, conseguiu sair da costa e agora está flutuando no mar. Três rebocadores adicionais e duas embarcações de resposta em caso de vazamento, além da Guarda Costeira dos EUA, estão de prontidão no local, mas avaliam as condições climáticas para saber como e quando agir.

Se eles quiserem eu mesmo posso avaliar as condições climáticas do local, basta pegar um bom Atlas ou consultar o Google.

Em tempo: a frase em todos os casos citados deve ser más condições meteorológicas.

Conclui-se que além da característica falta de ética em manipular informações, o barco do Greenpeace foi atingido por más condições técnicas de seu pessoal (apesar do imenso recurso financeiro angariado das doações dos desavisados).

Finalizo deixando claro que eu tenho real interesse na solução do incidente com a plataforma Kulluk e que a Shell resolva os problemas de segurança cumprindo todos os protocolos de segurança e que as autoridades legalmente constituídas nos EUA e na esfera internacional administrem com rigor e sobriedade esta situação.