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Scot Consultoria

Nova queda da Selic


Quinta-feira, 14 de junho de 2012 - 17h22

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O Banco Central continua firme em seu propósito de reduzir a taxa de juros no Brasil. Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu os juros básicos em meio ponto percentual, e agora o Brasil remunera os títulos públicos em 8,5% ao ano.


Este patamar de taxa é a menor desde a implantação da Selic. A menor taxa já praticada foi de 8,75% ao ano.


Esta decisão tem o alicerce em algumas premissas. Primeiramente a constatação que os preços estão comportados. Isso se justifica à medida que a baixa venda no mercado interno está indicando maiores estoques, portanto, aumentar preços ao consumidor final vai no sentido contrário ao fomento destas vendas. Outro motivo está relacionado ao comportamento dos preços das commodities em nível internacional. Mesmo com a elevação da cotação do dólar internamente, a queda dos preços internacionais acaba compensando o eventual aumento de preços.


Além de a inflação estar sob controle o que está em jogo neste momento é o comprometimento do crescimento econômico. Os indicadores do nível de atividade econômica estão apontando para queda e acendeu o sinal de alerta do governo.


Os trabalhadores, enfim a população que recentemente ascendeu à classe média não pode ser atingida por eventual desemprego, que indica queda na renda.


Para tanto é preciso estar atento aos sinais do mercado. As políticas fiscal e monetária devem ser utilizadas em sua plenitude, com queda nos tributos e afrouxamento da política de crédito e juros.


Na prática há uma desconfiança entre os agentes econômicos, afinal, não há domínio total sobre a dimensão da crise na Europa e o seu tempo de recuperação.


Se a crise de 2008/2009 foi centrada na economia americana e depois contaminou o resto do mundo, agora é na Europa, envolvendo não somente um país, mas vários países, com governos distintos. O que está em jogo é a perda da unificação de moeda, no caso o euro.


Exatamente por esta dimensão é que a preocupação é maior e o cenário mais complicado.


De qualquer maneira as receitas para incentivar a economia interna já são conhecidas e espera-se pró-atividade por parte do governo.


Admitir a gravidade da crise já seria um bom caminho. Vamos acompanhar.



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