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Quinta-feira, 27 de novembro de 2014 - 17h52

O mercado físico de boi gordo permanece na mesma toada que vinha nas últimas semanas, ou seja, oferta apertada, sem possibilidade de recuos de preço, porém com a indústria relutando fortemente em pagar preços acima do que vinha sendo praticado. O texto da semana passada poderia ser repetido essa semana, já que a movimentação foi exatamente à mesma, ou seja, as indústrias que estavam com as escalas da semana prontas tentaram recuar os preços na segunda e terça-feira, porém com a oferta restrita os preços antigos foram retomados.


O movimento do mercado futuro também foi exatamente o mesmo, com os preços cedendo no início da semana, na expectativa de que pudessem ocorrer compras nos preços mais baixos, para depois retomar os patamares antigos à medida que a expectativa não se confirmou. O contrato de dezembro fez mínima a R$142,80/@ na segunda-feira, dia 24/11, e foi se recuperando ao longo da semana retomando o patamar de R$145,00/@ vigente até então. A realidade é que esse contrato encontra-se praticamente "travado" entre os patamares de R$143,00/@ e R$145,00/@ nos últimos vinte dias.


As razões para o mercado futuro ter parado de colocar ágio na curva de preços permanecem inalteradas e são elas: chuva mais regular nas regiões produtoras, diminuição do ritmo das exportações (-16,5% em novembro até agora), fator esse agravado pela recente queda do dólar e também a recente queda da carne no mercado interno voltando a pressionar as margens da indústria (observe na figura 1).


Se por um lado há razões para que o mercado futuro não precifique altas mais fortes, por outro há uma única e muito forte razão para que não se precifique quedas, que é a oferta ainda restrita. Esse fator não tende a sofrer grandes alterações até o final do ano, já que a maior parte do volume de gado confinado já foi entregue e o atraso das chuvas não deve permitir pressões maiores de gado de pasto ainda em dezembro. Até que algum fator mude a dinâmica vigente até agora, o cenário de preços mais estáveis deve perdurar, a atenção se volta a partir de agora para a melhora da demanda típica de fim de ano.




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