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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 17 de abril de 2014 - 16h59

A diminuição da margem das indústrias frigoríficas tem levado ao aumento da pressão por compra a preços mais baixos no mercado físico, porém a oferta ajustada, os preços altos da reposição e as boas condições das pastagens não tem permitido um recuo mais forte dos preços. Nesse cenário, o Índice ESALQ à vista recuou de sua máxima no dia 24/3 a R$127,77/@ para sua mínima recente a R$123,38/@, mas o movimento não teve continuidade e o indicador já voltou para os R$124,00/@.


Como não podia deixar de ser, a dificuldade de se impor recuos no mercado físico teve forte impacto no mercado futuro, que precificava uma forte queda para abril e maio. Nesse cenário, o contrato de maio que se encontrava num importante suporte ao redor de R$117,00/@ operou em alta durante toda a semana, subindo R$3,00/@ e estando cotado atualmente próximo dos R$120,00/@, porém, até o meio dia do pregão de 17/4 ainda sem força para romper pra cima esse patamar.


Os dados de exportação consolidados das duas primeiras semanas de abril continuam apontando para um recuo de 15,0% no volume exportado frente à 2013, e, apesar de o dólar ter saídos das mínimas a R$2,20, ainda permanece próximo do patamar de R$2,25 que está longe de ser um incentivador das exportações. Com os últimos recuos do boi gordo, as margens da indústria também saíram das mínimas, mas ainda estão nos piores patamares dos últimos dois anos, como pode ser observado na figura 1.



Caminhando para o final da safra, as tentativas de recuo tendem a se intensificar caso a demanda no mercado interno e no externo permaneça nos patamares atuais. É razoável esperar algum aumento da oferta de animais de pasto para os meses de maio e junho, e, é bem provável que o número de animais de confinamento tenha um aumento expressivo, apesar de o volume absoluto ainda ser pequeno. Toda a análise deve se centrar no deságio já embutido nas cotações de maio e junho frente ao Índice ESALQ atual, porém como ainda não tivemos nenhum momento de grande pressão vendedora no mercado físico nessa safra, a possibilidade de ter realmente havido um acúmulo de animais para o final da safra é grande, esse fator provavelmente impedirá que o mercado futuro diminua muito mais esse deságio. Do outro lado, à medida que o tempo passa e o Índice ESALQ à vista segue sem quedas, o deságio fica proporcionalmente maior. Promessa de final de safra agitado em 2014!



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