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Scot Consultoria

Arroba em dólares na máxima de dois anos


Sexta-feira, 11 de abril de 2014 - 16h27

Desde o final de 2013 o cenário que se desenhava para as exportações de carne bovina no Brasil era (e continua sendo) muito promissor, com nossos principais concorrentes com sérias restrições para aumentar sua produção e o mercado internacional tendo que se voltar para o Brasil para atender sua demanda. 


Nesse cenário, as exportações de 2014 começaram o ano apresentando forte alta, com os volumes embarcados em janeiro cerca de 17,0% acima de 2013, fevereiro com incremento de 50,0% em relação ao mesmo período do ano passado. Com a alta recente da arroba, a nossa competitividade vem diminuindo e vem ocorrendo diminuição no ritmo da exportação, com apenas 1,5% de alta em março, no mesmo período, os dados da primeira semana de abril já apontando para recuo no volume exportado frente a 2013.


A diminuição de nossa competitividade no mercado internacional foi agravada pela queda recente do dólar, que levou a nossa arroba ao maior patamar em dólares nos últimos dois anos, como pode ser observado a figura 1.


A possível diminuição do volume exportado é uma péssima notícia para a indústria e para os pecuaristas, já que esse era o setor que ainda vinha apresentando um desempenho razoável no início do ano. 


No mercado interno a situação já não vinha boa, mas piorou ainda mais nas últimas semanas, com a margem da indústria medida pela diferença entre o preço da carne com osso e o preço da arroba atingindo seu menor valor nos últimos dois anos, como pode ser acompanhado na figura 2.


Diante da atual pressão sobre a indústria, a reação natural foi o aumento da pressão sobre os preços do boi gordo, que após fazer sua máxima no dia 24/03 a R$127,77 vem recuando, e atualmente está em R$124,52. 


A queda recente ainda nem de longe é suficiente para retomar patamares mínimos de margem e a pressão por preços menores tende a continuar bastante forte. Se ao caminharmos para o final da safra e a oferta de animais aumentar de forma mais consistente, podem ocorrer recuos significativos nos preços do boi gordo. 


Resta saber quanto desse cenário já não está refletido nos preços dos contratos de maio/14 e out/14 cotados em R$117,50 e R$121,50, respectivamente, bem abaixo do patamar atual de preços. 




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