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Scot Consultoria

Maio vai conseguir romper o suporte?


Sexta-feira, 4 de abril de 2014 - 17h10

O mercado físico de boi gordo fez seu topo com o Índice Esalq à vista fazendo máxima no dia 24/3 a R$127,77/@, a partir daí ele já recuou R$2,10/@ para os atuais R$125,67/@ e a pressão de baixa ainda continua, já que o recuo da carne no mesmo período foi de mais de 6,0%, reduzindo muito o apetite das indústrias para compra de boi nos preços que vigoravam até então. Além disso, o dólar também recuou 4,5% para os atuais R$2,26, impactando também a margem das indústrias exportadoras.


O mercado futuro já vinha precificando que o nível de preços acima de R$125,00/@ não era sustentável e todos os vencimentos, além do mês presente, operavam abaixo desse patamar, inclusive precificando maiores quedas para o restante da safra, com o contrato de maio sendo cotado ao redor de R$117,00/@ ou praticamente dez reais abaixo do pico de preços registrado até agora. A questão é que esse contrato não tem conseguido romper de forma definitiva o patamar dos R$117,00/@, tendo testado esse patamar já pelo menos 10 vezes nos últimos 2 meses, como pode ser observado na figura 1. É natural que o contrato de maio tenha dificuldade de romper essa barreira dos R$117,00/@ já que a distância atual do Índice Esalq é bastante grande, porém, analisando-se pela competitividade da carne bovina frente a outras proteínas no mercado interno e mesmo na exportação, é difícil imaginar que os patamares mais altos de preço tenham sustentação. Somado isso à expectativa do aumento natural de oferta que ocorre no final da safra e ao possível acumulo com os animais confinados por causa da seca precoce, os preços do contrato de maio também não têm força para subir, ficando literalmente travados entre os patamares de R$117,00/@ e R$118,00/@.


É importante monitorar a força do contrato de maio se segurar acima dos R$117,00/@, pois a posição comprada de pessoa física é bastante alta, com esse participante tendo 17.206 lotes comprados, ou 70,0% do total do mercado. Se um possível rompimento desse patamar levar a um movimento de liquidação concentrada de posições compradas, a amplitude da queda pode ser ampliada. Porém, como o deságio atual é grande, o tempo joga contra essa possibilidade.





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