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Scot Consultoria

Não há espaço para valorização


Segunda-feira, 29 de setembro de 2014 - 16h05

Queda nos preços.


As seguidas tentativas de manutenção das margens da indústria, através de elevação dos preços da carne, não encontraram força para continuar.


O escoamento diminuiria se isso ocorresse.


No acumulado dos últimos sete dias houve desvalorização de 0,7%, em média. Em relação ao mesmo período do mês passado os preços estão 1,2% menores.


A diferença anual, considerando semanas equivalentes, atingiu o menor valor de 2014, 13,5%.


O cenário de escoamento, que preocupava desde o começo do ano, piorou.


A diferença entre o preço recebido pela carne com osso, aferido pelo Equivalente Físico, e o valor pago pela arroba está em -12,0%, quase cinco pontos percentuais abaixo da média histórica.


Para piorar, a indústria vê limitadas as possibilidades de trabalhar esse resultado. Aumentar o preço da carne reduziria ainda mais as vendas. Ofertar valores menores pela matéria prima trava as compras. 


O Banco Central retificou mais uma vez a expectativa de crescimento do PIB, para 0,3% em 2014, e elevou a projeção de inflação, para 6,3%.




Margem caindo


A margem dos açougues e supermercados segue pressionada e sem força para recuperação.


A segunda quinzena do mês não favorece melhoria nos preços na ponta final e mesmo com a desvalorização no atacado, o sobrepreço não aumentou.


A diferença entre o valor pago e o de venda dos cortes ao consumidor é de 58,8%. Embora ainda seja maior do que o dos outros elos, segue diminuindo.


Em 2013, no mesmo período, era de 74,0%.


Apesar disso, a carne bovina teve alta de 11,6% em um ano, cinco pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA.


Segundo o IPCA-15, divulgado no final da primeira quinzena de setembro, depois de um recuo de 0,32% em agosto, os alimentos voltaram a subir e o índice registrou crescimento de 0,39% no mês.


A combinação de inflação em crescimento e situação econômica ruim preocupa os varejistas.




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